Mercado

Valorização Imobiliária Desafia a Inflação: Preços de Imóveis Sobem Pelo 10º Mês Consecutivo

Data:

1 de dez. de 2025

Autor:

Luis Sperb - GRP

Introdução: Imóveis no Brasil Mantêm Trajetória de Crescimento Sólido

O mercado imobiliário brasileiro confirma sua resiliência e atratividade. Pelo décimo mês consecutivo, os preços dos imóveis residenciais no país registraram uma valorização que superou os principais índices de inflação. Segundo o Índice FipeZAP, em outubro, o aumento médio foi de 0,54%, uma alta que solidifica o setor como um porto seguro para investimentos.

Essa valorização contrasta fortemente com outros indicadores. No mesmo período, o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) teve um recuo de 0,36%, enquanto o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) registrou um modesto aumento de apenas 0,18%.


A Expansão da Valorização: Alta em 52 Cidades


A força do mercado imobiliário não se concentra apenas nos grandes centros, mas se espalha por todo o território nacional. A alta de preços atingiu 52 das 56 cidades monitoradas pelo FipeZAP, incluindo 20 das 22 capitais pesquisadas.

Em outubro, as cidades com maior valorização foram:

  • Curitiba (PR): 1,21%

  • Belo Horizonte (MG): 1,17%

  • Maceió (AL): 0,90%

  • Teresina (PI) e São Luís (MA): 0,89% e 0,88%, respectivamente.

Mercados tradicionalmente fortes, como São Paulo e Rio de Janeiro, também registraram avanços significativos de 0,45% e 0,40%, respectivamente, reforçando a tendência de aquecimento.

O preço médio nacional do metro quadrado atingiu R$ 9.529 em outubro, refletindo a demanda e a solidez do ativo imobiliário.


Acumulado Anual: Imóveis Superam IPCA


Olhando para o acumulado do ano, a performance do mercado imobiliário é ainda mais expressiva. De janeiro a outubro, a valorização dos imóveis soma 5,61%, um patamar que supera em mais de 46% o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), que fechou em 3,83% no período.

Destaques de Valorização (Acumulado 2025):

A liderança de alta entre as capitais é de Vitória (ES), com impressionantes 15,07%, um percentual que chega a superar a taxa Selic anual. Outras capitais com forte desempenho incluem:

  1. Vitória (ES): 15,07%

  2. Salvador (BA): 13,77%

  3. João Pessoa (PB): 13,49%

  4. São Luís (MA): 12,32%


O Perfil do Investidor e a Demanda por Imóveis Compactos


No recorte dos últimos 12 meses, a alta acumulada é de 6,83%. Dentro das tipologias de imóveis, os de um dormitório se destacam, liderando a valorização com um avanço de 7,8%.

Essa demanda por unidades compactas é impulsionada, em grande parte, por investidores que buscam maior rentabilidade em aluguéis, especialmente em regiões centrais e próximas a universidades, onde a rotatividade e o potencial de retorno são mais altos.


Capitais Mais Caras do País


Apesar da valorização generalizada, o ranking das cidades mais caras permanece com seus líderes tradicionais, sendo um fator de análise crucial para quem busca investimento ou moradia:

  • Vitória (ES): R$ 14.122/m²

  • Florianópolis (SC): R$ 12.618/m²

  • São Paulo (SP): R$ 11.833/m²

Em contrapartida, Aracaju (SE) registra o metro quadrado mais acessível entre as capitais, com R$ 5.267/m².


Conclusão: Imóveis como Ativo de Renda Fixa

Os dados do FipeZAP reforçam a tese de que o investimento em imóveis no Brasil é uma estratégia eficaz para preservar e aumentar o capital, superando consistentemente a depreciação causada pela inflação. A valorização contínua e a dispersão geográfica da alta indicam um mercado saudável, com fundamentos sólidos e potencial de retorno superior a muitas aplicações de renda fixa.